O mercado de planos de saúde individual vem se provando viável para algumas operadoras e atraindo novos negócios.
De acordo com o portal, o modelo é baseado em três pontos: acompanha de perto a saúde do usuário, tem rede médica verticalizada ou enxuta, e usa tecnologia de dados para acompanhar a frequência com que o plano é acionado pelo cliente.
Hoje, a maior carência dos planos de saúde, de acordo com o Valor, está na cidade de São Paulo que representa o maior mercado de convênio médico do país. Seguradoras como Bradesco Saúde e SulAmérica e as operadoras Amil e NotreDame Intermédica não vendem planos individuais há muitos anos. O fato de o reajuste da mensalidade do plano individual ser controlado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não as estimula.
Na capital paulista, algumas iniciativas já trabalham com a tríade “gestão de saúde, uso de tecnologia e rede médica enxuta”. Neste ano, foram inauguradas a Alice, de ex-executivos da 99 e Dr. Consulta, e a Qsaúde, do fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, conhecido como Júnior.
As duas redes incluíram seu portfólio hospitais, clínicas e laboratórios de primeira linha. Com isso, Alice e Qsaúde querem atrair também o público que faz questão de ser atendido em hospitais com nomes reconhecidos.
Fora de São Paulo, a oferta de planos individuais não é tão limitada devido à presença das Unimeds. Quase metade do mercado de planos individuais é atendido pelas cooperativas médicas que também vêm lançando cada vez mais produtos com rede restrita para controlar os custos. Em geral, a taxa de sinistralidade dos planos individuais é superior ao empresarial, entre outros motivos, devido à idade de seus usuários.
A líder no segmento de planos individuais é a HapVida, que conta com com quase 1 milhão de usuários. Com forte presença no Nordeste e Norte, a operadora verticalizada vem expandindo sua atuação e já está em regiões como Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás e interior de São Paulo.
De acordo com o Valor, Atualmente, há por volta de 9 milhões de usuários de planos de saúde individual, o que representa 19% do mercado. Nos últimos cinco anos, esse mercado encolheu 8,38% – praticamente o dobro dos planos empresariais e por adesão.